quinta-feira, outubro 14, 2010

Resgatado o último Mineirador no Chile


Equipes de resgate que trabalham na mina San José, no norte do Chile, conseguiram trazer com segurança todos os 33 mineiros que estavam presos desde 5 de agosto no local.
O último resgatado foi o topógrafo Luis Urzúa, 54 anos, casado. Urzúa trabalha com minas há 31 anos era o chefe do turno no momento do desabamento, portanto assumiu uma função de liderança no grupo e organizava as atividades dentro do refúgio.
Ele chegou à superfície por volta de 21h55.
Também foram resgatados os outros 32 trabalhadores que ficaram presos a 622 metros de profundidade: Florencio Ávalos, Mario Sepúlveda, Juan Illanes, o boliviano Carlos Mamani, Jimmy Sánchez, Osmán Araya, José Ojeda, Claudio Yáñez Lagos, Mario Gómez, Alex Vega, Jorge Galleguillos, Edison Peña, Carlos Barrios, Víctor Zamora, Víctor Segovia, Daniel Herrera, Omar Reygadas, Esteban Rojas, Pablo Rojas, Darío Segovia, Yonni Barrios, Samuel Ávalos, Carlos Bugueño, José Henríquez, Renan Ávalos, Claudio Acuña, Franklin Lobo, Richard Villarroel, Juan Aguilar, Raúl Bustos, Pedro Cortez e Ariel Ticona.
Detalhes do resgate
- A CÁPSULA: Os mineiros foram içados para a superfície em uma cápsula de 4 metros de altura e 450 quilos dotada de tubos de oxigênio, equipamento de comunicação e de um sistema de aferição dos sinais vitais de alta tecnologia. Os mineiros usaram roupas feitas de material especial, luvas, água e óculos escuros para que não sofressem danos oculares depois de tanto tempo na escuridão.
- PRIMEIRO OS HÁBEIS, DEPOIS OS FRÁGEIS E, FINALMENTE, OS FORTES: Foram identificados quatro mineiros considerados mais hábeis. Estes subiram primeiro pois poderiam resistir melhor em caso de imprevistos dentro do túnel. Depois foi a vez dos frágeis, entre os quais estão os mais pesados, o mineiro que sofre de diabetes e outro que sofre de problemas respiratórios, enquanto que os últimos a sair foram os mais fortes, capazes de seguir colaborando e controlando a ansiedade da espera.
- CUIDADOS MÉDICOS IMEDIATOS: Cada mineiro que chegou à superfície foi recebido por médicos e paramédicos da Corporação Nacional do Cobre (Codelco) e da Marinha, que forneceram assistência médica rápida em uma tenda instalada logo ao lado da saída do buraco. Depois, foram levados para uma área de estabilização a poucos metros dali, onde receberam soro, algumas vitaminas e antibióticos, além de sofrerem uma avaliação psicológica presencial.
- ENCONTRO COM FAMILIARES: Depois de verificar que o mineiro está em boas condições físicas, ele foi levado a um módulo especial isolado, a poucos metros da tenda médica. Neste local pôde se reunir com dois ou três parentes.
- VIAGEM DE HELICÓPTERO PARA O HOSPITAL: Depois, foram levados de ambulância para um heliporto na mesma mina e levados em helicópteros militares para uma base militar (em um trajeto de cerca de 12 minutos) e de lá percorreram em uma ambulância cerca de 300 metros em direção a um hospital estatal da cidade de Copiapó. Eles passarão pelo menos 48 horas no local para uma revisão mais exaustiva.

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